sexta-feira, 6 de junho de 2008

Humor Caipira

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Dois caipiras proseando sobre caçada: - Severino, fui caçá, matei 499 onça. - Pruque ocê num arredonda logo pra 500. - Uai, cê acha que eu vô minti mode uma onça só?
Dois caipiras proseando sobre caçada: - Severino, fui caçá, matei 499 onça. - Pruque ocê num arredonda logo pra 500. - Uai, cê acha que eu vô minti mode uma onça só?
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Perguntaram para o caipira: - O que você faria se ganhasse 80 milhões na loteria? Ao que ele respondeu: - Eu ia pagá umas dívida... - Sim, mas e o resto? - Ah! O resto que espera, uai!
O caipira ia sentado num ônibus em frente a um rapaz todo engomadinho. De repente o engomadinho, dá uma tossida, enche a boca de saliva, dá uma cuspida que passa rente ao rosto do caipira e sai pela janela. O caipira olha feio, se ajeita no banco, mas permanece em silêncio. Dois minutos depois, outra cusparada passa zunindo pela sua ore-lha. Ao ser encarado novamente, o engomadinho se defende: - Muito prazer! Eu sou Honorino Rodrigues, cuspidor profissional. O caipira fica quieto, enche a boca e vapt!, uma cuspida bem na cara do engomadinho. - Muito prazê! Eu sô o Zé da Silva, cuspidô amador!


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Um caipira chegou na cidade com um burrico com uma placa de "tô vendeno" no pescoço do bicho. Tinha uns caras bebendo num barzinho, quando um deles se vira e diz: - Tô precisando de um burro, vou comprar desse caboclo aí, mas vou pagar a metade do preço, quer ver só? Vou encher a cara dele de cerveja e ele vai me deixar pela metade de preço. Assim que o caipira entrou no bar o sujeito perguntou: - Tá vendendo o burro? - Tô sim sinhô. - E quanto você quer por ele? - Duzentos conto. - Tudo bem, depois a gente discute isso. Aceita uma cerveja? - Aceito sim sinhô. E aí tomaram a primeira, depois o cara pergunta: - Mais uma? - Mais uma, sim sinhô. E assim tomaram a segunda, a terceira, até a décima. A certa altura o cara que queria comprar o burro cochichou no ouvido do amigo: - Quer ver como eu compro o burro pela metade do preço? E aí se virou para o caipira e perguntou: - Por quanto mesmo você quer vender o seu burro? - Vô vendê não sinhô. Num quero mais vendê o burro. - Uai, Por que não? - perguntou espantado o sujeito da cidade. - Eu queria vendê o burro era pra tomá umas cerveja, mais como o senhor ofereceu pra mim...


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O pesquisador do IBGE chega a uma casinha no sítio e é recebido por uma senhora com o olhar doce e um jeito bom e paciente: - A senhora pode responder a algumas pergun-tas? - Posso. - A senhora é casada? - Sô. - Há quantos anos? - Doze. - Tem filhos? - Tenho dez. - E seu marido, onde está? - Me abandonô, tem oito ano. - Ué!... a senhora me desculpe, mas se ele a abandonou há oito anos, como é que a senhora tem tantos fi-lhos? - É que todo ano ele vorta pra mi pidi descurpa...
Dez anos depois, o moço do IBGE voltou àquela cidadezinha do sertão e constatou que a população não tinha nem aumentado, nem diminuído. Então perguntou à uma velha moradora: - Caramba! Como isso pode acontecer? - É simples: cada veiz que nasce um bebê, um rapaiz foge da cidade...


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Estavam dois caipiras naquele onibusinho velho, cada um com uma caixa de sapato. Ouve-se de dentro de uma das caixas, um piu-piu de canarinho. Um pergunta ao outro:- Ocê gosta de bicho? - Gosto muito! - O meu é macho. E o seu? - É fêma.- Bamo cruzá? - Bamo, uai! Os dois encostaram uma caixa na outra, abriram as tampas e foi o maior aranzé. Em seguida veio o silêncio. Falou um deles: - É... já mandaro vê! - É... acho que já. Ah! Se isqueci de preguntá: o meu é berga, e o seu? - O meu é angorá.


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O fazendeiro resolve trocar o seu velho galo por outro que desse conta das inúmeras galinhas. Ao chegar o novo galo e, percebendo que perderia suas funções, o velho galo foi logo conversar com o seu substituto:- Olha, sei que já estou velho e é por isso que o meu dono te trouxe aqui, mas será que você poderia deixar pelo menos duas galinhas pra mim?- Que é isso, velhote?! Vou ficar com todas. - Mas só duas... ainda insistiu o galo. - Não. Já disse! São todas minhas! - Então vamos fazer o seguinte: - propõe o galo velho - apostamos uma corrida em volta do galinheiro. Se eu ganhar, fico com pelo menos duas galinhas. Se eu perder, são todas suas. O galo jovem mede o galo velho de cima abaixo e pensa que certamente ele não será capaz de vencê-lo: - Tudo bem, velhote, eu aceito. - Já que realmente minhas chances são poucas, - disse o velho - deixe-me ficar vinte passos a frente. - pediu o galo. O mais jovem pensou por uns instantes e aceitou as condições do galo velho. Iniciada a corrida, o galo jovem dispara para alcançar o outro galo. O galo velho faz um esforço danado para manter a vantagem, mas rapidamente está sendo alcançado pelo mais jovem. No momento em que o mais velho ia ser alcançado pelo mais novo, o fazendeiro pega sua espingarda e atira sem piedade no galo jovem. Guardando a arma, comenta com a mulher: - Num tô intendeno, uai! Já é o quinto galo viado que a gente compra esta semana!


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Numa noite fria, um viajante pede pousada a um caboclo: - Ocê troxe rede? - pergunta o caipira. - Não.- E cuberta e cuchuado? - Tamém não. - Hããã - geme o caipira. - Então di drumi, ocê só troxe os óio?


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Um caipira chega ao confessionário e diz: - Sabe, padre, cometi um grande pecado... - Pecado capital? - perguntou o padre. - Não, não. Foi aqui no interior mêmo!


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Um caipira encontra com o vizinho e pergunta: - Teu cavalo fuma? - Não, uai? Pru quê? - Bão, então acho que o seu currá tá pegano fogo!


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O caipira e o padre estão na margem de um ribeirão pescando. Enquanto que o pároco fisga um peixe atrás do outro, o pobre do caipira só faz dar banho na minhoca. - Êita, mais um! - grita o padre, arrancando uma piabona das águas. O caboclo sorri amarelo e pensa: lazarento desse padre, deve de sê milagrêro ô tê parte cum o capeta. - Êita, ferro! - grita o vigário, fisgando outro peixe. O caipira conta os 30 peixes da fieira do padre e, deixando a inveja escapulir numa risadinha verde que mais parece um rosnado, pergunta ao vigário: - Discurpa a curiosidade seu padre. Mas quar que é a reza que o sinhô faiz pra pegá essa peixada toda. - Meu filho, eu te conto o segredo, mas você me promete não contar pra ninguém. Não é reza. É uma safadeza que dá toda essa sorte. Sempre que eu venho pescar, antes eu passo na casa de uma caboclinha e dou uma encoxada nela. Dá uma sorte danada. - Ah, bão - disfarça o caipira, já maquinando a desforra: eu sô casado com uma caboclinha... Dia seguinte o caipira acorda cedo, pega a vara e o picuá e, antes de partir, sai no quintal a procura de sua caboclinha. Lá está ela, rechonchuda, agachada no tanque lavando roupa, com o bundão empinado. Ele chega e abraça-a por trás, respira fundo e trava a companheira na encoxada. E ela, sem se virar, fala com vozinha maliciosa: - Já vai, seu padre? Boa pescaria...


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Diálogo entre o caipira e o padre: - Bênça, Padre! - Deus te abençôe, meu filho. - Padre, o sinhô se alembra do Jão Pintor? - É claro meu filho! - Pois então padre, o Jão morreu. - Que pena, morreu de quê? - É que eu moro numa rua sem saída e minha casinha é a úrtima. Ele dispinguelô com a bicicreta dele e bateu no muro lá di casa. - Coitado, morreu no acidente? - Não, ele bateu e vuô pela janela, caiu drento do meu quarto e bateu a cabeça no meu guarda-rôpa. - Que pena, morreu de traumatismo craniano? - Não padre, ele tentô se levantá pegano na maçaneta da porta, mas ela se sortô e ele rolô iscada abaixo. - Coitado, morreu de fraturas múltiplas? - Não padre, despois de rolá a escada, ele bateu na geladeira, que caiu em riba dele. - Que tragédia, morreu esmagado? - Esmagado nada! Ele tentô alevantá e bateu as costa no fogão, a sopa que tava freveno caiu em riba dele. - Coitado, morreu desfigurado! - Não padre, no disispêro saiu correno, tropeçô no cachorro e foi direto na caixa de força. - Que pena, morreu eletrocutado? - Não padre, morreu foi despois deu metê cinco bala nele. - Filho, você matou o João?! - Uai, o caboclo tava destruino minha casa!


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O caipira encontrou o padre que estava indignado, olhando para as fotos de uma revista masculina. Perguntado do motivo de tal aborrecimento, o padre respondeu: Meu filho, as pessoas estão perdendo toda a vergonha com essa história de NUDÊS? Sem entender direito o motivo, o caipira respondeu: Mais eu acho inte mió esse negoço, seu padre! É mió ansim. O padre estranhando a resposta, perguntou: Mas, meu filho, o que tem de bom nisso? É uma sem-vergonhice! E o caipira: Uai! Se é coisa sem-vergonha, é mió NU DÊIS do que NU NOSSO, né não?


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O caipira ia levando a sua vaca adoentada ao veterinário, quando foi atalhado pelo compadre: - Gastá dinhêro pra quê, home? Sô teu amigo e tenho uma beberage lá em casa, feita por mim, que amanhã tua vaca já tá boa... O homem da vaca confiou, pegou a garrafada e deu ao seu único patrimônio. No outro dia a vaca amanheceu morta. Passados alguns dias, encontra o compadre que vai logo perguntando: - E aí, cumpade, como vai a vaquinha? Informado de que a vaca morrera no outro dia após a beberagem, ele não perdeu o rebolado e arrematou: - Mais uma coisa eu garanto, cumpade, que ela morreu com uma melhora muito boa...


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O caipira chega ao banco, procura o gerente: - Posso falá cum o sinhô? - Claro, pois não! Pode sentar-se! - Se o senhor num se incomoda, eu gostaria de que a gente conversasse ali no fundo. - Oras, mas por quê? - É que eu tô pricisando de um impréstimo e me dissero que apesá de trambiquêro, no “fundo” o sinhô é um bão sujeito...


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Dois caipiras não tinham o que fazer e estavam de prosa na porta da fazenda, quando um perguntou: - Ô cumpade, cê sabe cumo chama uma muié que sabe onde o marido tá todas as noite? - Sei não, sô! - responde o outro. - Viúva, uai!


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Madrugada o telefone toca: - Alô, Sô Carlo? Aqui é o Uóshito, casêro do sítio. - Pois não, Seu Washington. Que posso fazer pelo senhor ? Houve algum problema? - Ah, eu só tô ligano pra mode avisá o sinhô que o seu cachorro morreu. - Meu cachorro? Morreu? Aquele que ganhou o concurso? - É, ele mêmo. - Puxa! Que desgraça! Gastei uma pequena fortuna com aquele bicho! - Mas... ele morreu de que? - Di cumê carne estragada. - Carne estragada? Quem fez essa maldade? Quem deu carne para ele? - Ninguém, não. Ele cumeu foi dos cavalo morto. - Cavalo morto? Que cavalo morto, seu Washington? - Aqueis puro-sangue que o sinhô tinha! Eis morrero de tanto puxá a carroça d'água. - Tá louco? Que carroça d'água? - Pra apagá o incêndio - Mas que incêndio, santo Deus? - Na sua casa, uai... uma vela caiu, aí pegô fogo nas curtina! - Caramba, mas aí tem é luz elétrica! Que vela era essa? - Do velório. - De quem? - Da sua mãe. - Minha mãe? É, ela apareceu aqui sem avisá e eu sapequei um tiro nela pensano que fosse ladrão!


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Um sujeito gozador andava pelo interior e ao ver um caipira trabalhando no terreno de lavoura, foi logo tirando um sarro: - Isso aí, otário, trabalha e planta prá nós malandros comer. O caipira respondeu: - Uai, cumé que ocê adivinhô que eu tava prantando capim?


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O bêbado olha na poça dágua e pergunta para o guarda? - Ô seu guarda, o que é aquilo ali na água? O guarda olha e responde: - É a lua, uai! O bêbado assustado fala: - Mais nóis tamo arto, heim sô!


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Um caipira foi à cidade no sábado e encheu a cara no botequim. Ao sair, cambaleia e cai. Uma senhora ao vê-lo naquele estado lastimável, pára e diz-lhe caridosamente: - Pra que beber tanto assim? Não vê que te faz mal? No que ele responde: - Quem foi que disse pra sinhora que bebê faiz mar? O que faiz mar é bebê e querê andá dispois.


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A professora estava dando uma aula de História Natural e perguntou ao Quinzinho: - Quinzinho, os cachorros, gatos e cavalos são animais de quatro patas e por isso são chamados de “quadrúpedes”. E você, tendo duas pernas, como se chama? - Uai, “Quinzinho”, fessôra!
O caipira chega ao médico para uma consulta: - Então, o que é que o senhor tem? - Tô cuma baita dô de barriga, seu dotô. Queixa-se o caipira fazendo uma careta. - Muito bem, vamos ver isso. Tire a camisa. - Mais dotô, pra que tirá a camisa? O sinhô num querdita im mim?


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O sujeito pergunta ao caipira: - Suas laranjeiras já estão dando laranjas? - Dano não, sô - respondeu o caipira - nóis tem que pegá.


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Um caipira pega um táxi e dá o endereço do hotel onde está hospedado. O taxista, por incrível que pareça, nada disse durante todo o percurso, até que o caipira resolveu fazer-lhe uma pergunta e tocou levemente em seu ombro. Ele de um grito, perdeu o controle do carro e, por pouco, não provocou um acidente! Com o carro sobre a calçada, o caipira assustado, virou-se para o taxista e disse: - Uai?! Cumo é que ocê assusta só cum simples toque na cacunda? - Não me leve a mal, senhor, mas... é que hoje é o meu primeiro dia como taxista. - E o que o sinhô fazia antes disso? perguntou o caipira. - Fui motorista de carro funerário por 25 anos!...


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O caipira inocente resolve virar contrabandista para ganhar dinheiro e chega no aeroporto todo carregado de malas. Quando já ía embarcar, viu um amigo, que era fiscal da alfândega. O fiscal gritou de longe: - E aí, cumpadre, tudo jóia??? - Tudo não, cumpade!!! Metade é cocaína.


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